Ao parar de fumar, o que acontece no corpo?

Entenda quais são as principais mudanças sofridas pelo organismo e como isso pode influenciar o risco de desenvolver câncer de pulmão

O câncer de pulmão é o terceiro tipo de câncer mais frequente no Brasil1.

Foram 34.511 casos novos no país em 20181. Embora sua incidência seja menor do que a do câncer de mama e próstata1, é o líder em número de mortes por câncer, sendo responsável por 31.856 mortes naquele ano, em nosso país1

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que para cada 100 pacientes com diagnóstico de câncer de pulmão, apenas 18 terão sobrevivido à doença após 5 anos2.

No Brasil, 70% dos casos são diagnosticados em estágios onde a doença está localmente avançada ou disseminada3. Torna-se, portanto, necessário estabelecer tratamentos cada vez mais eficazes, frente a uma doença tão agressiva e investir na sua prevenção.  

Uma das formas de fazer isso é estimulando a cessação do tabagismo. O vício em nicotina é fator de risco para diversas enfermidades, como4:

• câncer de pulmão;

• DPOC;

• tuberculose;

• úlcera;

• infertilidade;

• osteoporose;

• impotência sexual;

• diversos tumores (de mama, bexiga, pâncreas, laringe, faringe, estômago etc.).

+ de 8 milhões de pessoas morrem a cada ano, direta ou indiretamente, por causa do tabagismo em todo o mundo4.

Mas, o que acontece no corpo, quando alguém decide parar de fumar?

Iniciam-se diversos mecanismos de reparo5:

20 minutos após o último cigarro: os batimentos cardíacos normalizam5;

12 a 24 horas: o nível de monóxido de carbono no sangue regulariza5;

O risco de sofrer um ataque cardíaco também é reduzido significativamente5;

Entre 2 semanas e 3 meses: melhora na função pulmonar5;

Entre 1 e 9 meses: ocorre a redução de tosse e falta de ar5;

1 ano: o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade5.

Entre 5 e 15 anos: a chance de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) é a mesma de quem nunca fumou e a de ter um câncer de boca, garganta ou esôfago é 50% menor que a de um fumante5

10 anos: o risco de morrer por câncer de pulmão é metade em comparação a fumante e existe menos chance de ter um diagnóstico positivo para câncer de bexiga, colo de útero, laringe, rim ou pâncreas5.  

Das 156.216 mortes anuais causadas pelo tabagismo                 

23.762 são causadas por câncer de pulmão4

É possível sair dessa estatística com prevenção!

Parar de fumar é difícil, mas, com ajuda médica, pode se tornar mais rápido e fácil. Busque orientação profissional e abandone esse vício.

 

Referências

1. Globocan, 2018. https://gco.iarc.fr/today/data/factsheets/populations/76-brazil-fact-sheets.pdf. Acessado em 01 jul. 2020. 

2. Instituto Nacional de Câncer – Ministério da Saúde. https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pulmao#:~:text=A%20taxa%20de%20mortalidade%20de,e%2021%25%20para%20mulheres). Acessado em 01 jul. 2020.

3. Mathias C, Prado GF, Mascarenhas E, et al. Lung Cancer in Brazil. J Thorac Oncol. 2020;15(2):170-175.

4. INCA Tabagismo. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tabagismo. Acesso em: 16 out. 2020.

5. Benefits of Quitting. American Lung Association. Disponível em: https://www.lung.org/quit-smoking/i-want-to-quit/benefits-of-quitting. Acesso em: 16 out. 2020.