Ahmed Alvarez é porta-voz da BI no Dia Internacional Contra a Homofobia

Ahmed Alvarez é porta-voz da BI no Dia Internacional Contra a Homofobia

Você acredita que diversidade é positiva para o ambiente de trabalho? Por quê?

Antigamente as empresas e a sociedade acreditavam muito na homogeneidade das pessoas e das equipes. Com o tempo, foi comprovada a riqueza de equipes multifuncionais e diversas, já que diferentes pontos de vista agregam soluções inovadoras e nos oferecem a capacidade de sermos pessoas mais abertas, que buscam desafiar o nosso status quo.

Como você vê o posicionamento da BI e de seus colegas de trabalho em relação à sua orientação sexual?

Desde o começo falei com naturalidade da minha orientação sexual, inclusive na primeira entrevista. Sempre me senti acolhido por minha equipe e pela empresa como um todo. A BI tem valores sólidos, e entre eles estão a diversidade e o respeito pelas pessoas. É o que, para mim, faz a diferença: poder ser eu mesmo 24 horas por dia.

Em 17 de maio é celebrado o Dia Internacional Contra a Homofobia. Que importância você vê na data e na relação dela com o ambiente corporativo?

Fico orgulhoso de poder falar do assunto na BI, nesta data, pois acredito que todos precisamos normalizar esse assunto. Espero que no futuro não seja necessário ter um dia como esse, assim como o Dia do Orgulho Gay. Estou feliz por viver em um país que, mesmo precisando melhorar muito nesse aspecto, trabalha para que a diversidade seja algo comum. Para que continuemos nesse caminho, eu preciso me expor e explicar que a orientação sexual, assim como outros aspectos, não define as pessoas.

Você gostaria de compartilhar sua experiência fora da empresa?

A vida fora da BI é diferente, dependendo do ambiente ou lugar aonde você vai. Uma história interessante foi quando contei para o meu pai que ia me casar, logicamente com um homem... A família almoçou junto, e esperei até a hora da sobremesa para contar. Estava ansioso e até com um pouco de medo da reação dele. Quando comecei a me explicar, claramente nervoso, ele olhou para todos com cara de surpresa e falou: "Meu filho é uma pessoa íntegra, que ganhou o respeito de todos e por isso não tem nada a esconder. Para mim, o que importa é que a companhia que ele escolheu o faça feliz, é só o que desejo". Meu pai é árabe e muçulmano, criado num ambiente conservador, mas superou as limitações das suas crenças e não me decepcionou. Se ele conseguiu, todos nós também podemos.

Gostaria de deixar uma mensagem final?

Hoje e sempre eu gostaria que todos refletíssemos sobre quem temos por perto, no trabalho, na família, e analisássemos se promovemos outras formas de discriminação. Unidos, mostrando como somos, conseguiremos construir uma sociedade mais inclusiva em que todos são respeitados.